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Sobre erros que não podemos cometer

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Minha falta de inspiração invade já a madrugada, desviando-se, como em uma corrida de obstáculos, de temas que poderiam convertê-la em boas ideias para o texto que inutilmente persigo. Falar da demonizada - e mais do que nunca necessária - política é risco de tiro no pé; falar de políticos, então, é chover no molhado. Falar dos gestores públicos que, em regra, mais erram do que acertam, quando não metem completamente os pés pelas mãos, é repetir-se.

E, no entanto, urge que falemos de política, de políticos e de gestores públicos, porquanto nossas vidas, das coisas mais prosaicas às mais complexas, dependem de uns e de outros e das políticas que orientam seus comportamentos frente às demandas da sociedade que representam nas variadas instâncias administrativas do poder público.

Urge que não nos esqueçamos dos compromissos que nós temos com a cidadania e que nos impõem o exercício permanente, no âmbito mais ou menos estreito de nossas possibilidades como cidadãos, de ações fiscalizatórias e de cobrança de quem detém o poder, relativamente à observância dos preceitos éticos e legais norteadores da Administração. Sem falar da mínima competência de gestão da coisa pública que se espera de quem se arvora candidato ao exercício de determinadas funções administrativas e a elas, por força do voto popular, se vê alçado.

Impõe-se, por isso, que prestemos muita atenção, se já não tivemos antes esse cuidado, no discurso do candidato e na sua prática posterior, como governante. É preciso que estejamos antenados, que não nos deixemos enganar ou iludir pelo discurso fácil dos palanques, físicos ou virtuais, na medida em que se aproxima um tempo de definições de quantos postularão, ano que vem, vagas aos cargos executivos e aos parlamentos, quais sejam: governos estaduais, presidência da República, assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

De outra parte, não se pode cair na tentação da grosseira e injusta generalização que coloca no mesmo balaio todos os políticos e gestores públicos, como, de resto, não se pode dar guarida às milícias produtoras de fake news, tão ao gosto de altas figuras da República.

Como, amiga? Sim, as eleições serão em 2022. Mas não, não é cedo para esse tipo de preocupação, que, aliás, deveria ser permanente. E o tempo passa muito rápido. A senhora percebeu que já estamos a um mês do Natal. Assim, logo, logo estaremos submetidos ao bombardeio midiático da propaganda eleitoral e, por isso, é bom que desde já comecemos a analisar postulantes, suas ideias, suas práticas e seus compromissos com as necessárias mudanças que, imagino, todos nós, ou pelo menos a maioria de nós, queremos. Enfim, amiga, mesmo sem a desejada inspiração, o texto saiu como um convite à reflexão, para que erremos o mínimo possível.

EM TEMPO: No meu texto anterior, do dia 09/11, por uma dessas artimanhas da modernidade tecnológica (atribuo a isso o erro, que, dessa vez, não cometi), o título do artigo, "Um tapa na cara da decência" saiu "Um tapa na cara da 'descência' ". Acontece!

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